Cerca de 25% dos casos de cancro estão associados a excesso de peso e a um estilo de vida sedentário. A ideia de que a dieta alimentar pode influenciar o risco de cancro, e que uma dieta adequada pode reduzi-lo, abriu portas a novas investigações e formas de prevenção.
Depois de mais de duas décadas de pesquisa, investigadores e cientistas são, hoje, capazes de provar que cerca de um terço dos casos de cancro do pulmão poderiam ter sido evitados, se o paciente tivesse seguido uma dieta alimentar adequada e uma rotina de atividade física.
A atividade física regular reduz significativamente o risco de mortalidade por cancro. Tal ocorre porque a prática de exercício melhora a sensibilidade à insulina, reforça o sistema imunitário e reduz as hormonas metabólicas, o stress oxidativo (excesso de radicais livres que conduz a sintomas como cansaço e ansiedade) e a inflamação sistémica.
Em relação aos alimentos correlacionados com o aumento do risco de cancro do pulmão, os muitos estudos realizados são consensuais em relação ao impacto negativo da carne vermelha. Em particular, no que toca à carne processada, cuja redução de consumo pode prevenir 3,3% das mortes por cancro.
Quanto aos alimentos capazes de reduzir o risco de cancro de pulmão, destacam-se os vegetais, a fruta, as leguminosas e os cereais integrais não processados. De facto, fortes evidências apontam para o benefício que, em especial, frutas e vegetais produzem. Estudos revelam que o seu consumo, em 400 gramas diárias, diminui o risco de cancro do pulmão em 27%.
Sabendo que o cancro do pulmão está associado a uma elevada complexidade genética, ambiental e comportamental, pacientes oncológicos devem ter um estilo de vida saudável, adotando, como base essencial, os seguintes comportamentos:
Não obstante o tabaco ser o principal fator de risco na origem do cancro do pulmão, atualmente, sabemos que uma dieta alimentar natural, de origem vegetal, e a uma atividade física frequente, são fatores chave na prevenção e tratamento.