Atendendo à limitação imposta pelas medidas de isolamento e distanciamento social, a PULMONALE viu-se obrigada a protelar algumas atividades que envolviam diretamente os doentes e seus cuidadores, por questões de segurança dos mesmos, em linha com as recomendações da Direção Geral da Saúde (DGS). Mantém, contudo, o objetivo e motivação de contribuir para a melhoria dos cuidados e qualidade de vida de doentes e cuidadores de doentes com cancro do pulmão.

Assim, reconhece como principais objetivos de intervenção em contexto da pandemia COVID-19:

INFORMAR e ESCLARECER

• • • Veicular informação clara e simples sobre o contexto atual e o porquê de algumas alterações nas rotinas e procedimentos habituais: abordagem das medidas previstas para a população geral, mas também das medidas relacionadas com alteração de algumas rotinas hospitalares de doentes com cancro/sobreviventes de cancro
    • Reconhecer a importância desta informação esclarecida na adesão às normas de conduta, incluindo as medidas de prevenção de infeção
    • Assinalar as fontes de informação fidedignas, como combate à desinformação, reconhecida como uma problemática neste contexto

Importante salientar que, todas as alterações introduzidas em termos das rotinas hospitalares dos doentes oncológicos/sobreviventes de cancro visam proteger os doentes, baseando-se em dois objetivos:

1. 1. Minimizar o risco de exposição/contactos

      • Reduzir o número de idas ao hospital
      • Diminuir o tempo de permanência no hospital
      • Evitar as deslocações

1. 2. Manter a qualidade dos cuidados prestados

Os doentes oncológicos podem ver as suas rotinas, exames e tratamentos alterados como resposta de adaptação às novas necessidades e limitações impostas pela pandemia COVID-19. Todas estas alterações terão em consideração uma avaliação de risco/benefício feita pelo médico assistente.

Exemplos de alterações possíveis nas rotinas hospitalares:

1. 1. 1. Consulta telefónica em vez de consulta presencial
      2. Adiamento de consultas e exames que não sejam urgentes
      3. Adiamento de heparinização de cateter totalmente implantado
      4. Ajuste no plano de tratamento oncológico: adiamento, interrupção, alteração do esquema ou da periodicidade de administração
      5. Facilitação da prescrição hospitalar de ambulatório – medicação dispensada para mais tempo e envio de medicação para o domicílio
      6. Impossibilidade de acompanhamento de doentes por familiares/acompanhantes na sala de espera, consulta e sala de tratamentos, salvo em condições excecionais

SUPORTAR e APOIAR

• • Validar dúvidas, angústias e expectativas dos doentes
  • Esclarecer dúvidas e medos que possam contribuir para níveis altos de ansiedade
  • Informar sobre os recursos de apoio disponíveis na PULMONALE e em outras entidades e associações

SERENAR e “ESPERANÇAR”

• • Auxiliar no ajuste à nova situação, contexto, rotinas e receios
  • Empoderar o doente e cuidadores no sentido de serem uma parte ativa neste novo cenário COVID-19, como veículos de medidas preventivas de infeção
  • Estimular a colaboração de todos para a gestão desta situação, com o menor dato possível

Níveis de intervenção da PULMONALE em contexto COVID-19

O nosso plano de intervenção em linha com os objetivos previamente descritos pressupõe um enfoque em plataformas digitais.

1. Produção e divulgação de informação simples e clara relativa à pandemia COVID-19 e suas implicações
2. Produção e divulgação de informação relativa às recomendações para as medidas comportamentais na população geral e nos doentes com cancro
3. Apoio e resposta a dúvidas de doentes e cuidadores via contacto por e-mail e redes sociais
4. Criação de canais de conversação online que permita a troca de informação, dúvidas e experiências entre doentes, de forma a suportarem-se de forma mútua e na “mesma linguagem”