A esperança não para de crescer – Testemunhos Reais
O cancro afeta não só a vida dos doentes, mas também dos seus familiares e amigos. Todos os processos associados – o diagnóstico, os tratamentos e a incerteza relativamente ao futuro – trazem consigo sentimentos de tristeza profunda. Por outro lado, quando conseguem curar-se deste mal, a sensação é fantástica.
De forma a dar esperança a todos que passa(ra)m por esta experiência, partilhamos testemunhos de pessoas que lutaram contra o cancro do pulmão e triunfam diariamente.
Falemos de Leopoldino Flores, com 72 anos, que hoje em dia encontra-se estável, mas que em março de 2017, através de um raio X, percebeu a necessidade de uma TAC, que posteriormente revelou problemas e levou-o ao bloco operatório do Hospital Pulido Valente. “Continuo a seguir o mesmo princípio: hoje será melhor que ontem e amanhã melhor que hoje.” Refere ter contado com excelentes profissionais e staff, sublinhando a equipa de enfermagem e a quimioterapia associada à imunoterapia estão a fazer o seu trabalho. Afirma que foi duro, sem dúvida, mas termina com uma mensagem de força:
“Nunca desistam! Há sempre um possível amanhã melhor.”
História de superação é também a de Carla Silva Matias. Aos 43 anos já enfrentou várias batalhas: após o falecimento do seu pai com um enfisema pulmonar, no ano seguinte foi-lhe diagnosticado um adenocarcinoma do pulmão com metáteses na cabeça. Contudo, de acordo com o pneumologista que consultou no IPO, o máximo que podiam fazer era minimizar os efeitos, mas não podiam operar o cérebro. Então, aliado ao facto de ter seguro de saúde em Espanha, rumou a Madrid. Foi operada à cabeça e ao pulmão no mesmo mês, realizou 10 sessões de radioterapia, além de 900kms diários e, posteriormente, 4 sessões de quimioterapia. Atualmente encontra-se bem, apenas faz exames de rotina, onde afirma estar tudo normal. “Foi difícil no início, como se nos tirassem o tapete debaixo dos pés. (…) Sempre fui pessimista, mas fui mudando devido aos acontecimentos. “
“Devido ao cancro descobri que a nossa força interior é maior do que aquela que pensamos ter.”
Por sua vez, Cristina Coelho sentia-se cada vez mais cansada e sem forças ou vontade para realizar as atividades diárias, ignorando a dor no ombro que sentia e associava ao trabalho. Continuou a ignorar as dores insuportáveis, até ao dia em que reparou num nódulo junto ao pescoço e clavícula. Alarmada, procurou ajuda médica e após biópsia, análise e confirmação, deu entrada no IPO do Porto onde lhe foi diagnosticado um Adenocarcinoma Pulmonar. Fez sessões de radio e quimioterapia, que a deixaram extremamente magra e com dores mas tudo acabou por correr pelo melhor.
Hoje a maior parte dos sintomas já desapareceram, mas Cristina aconselha todos que percorram este duro caminho a fazê-lo
“Com um sorriso, muito amor, muita fé e acreditando na equipa que nos trata.”
Como vê, a esperança não para de crescer. Caso seja um doente com cancro do Pulmão, acredite na esperança, em si, na Pulmonale e em todos aqueles que estão consigo nesta batalha.